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Compostos de coordenação
A preparação de compostos tem sido sempre um dos aspectos mais importantes da química. A investigação da indústria química está orientada em grande parte para a síntese de materiais novos e úteis. Os químicos estão muito interessados em preparar compostos novos porque constituem uma forma excelente de aumentar os conhecimentos de química. No capítulo 1 explicou-se como a síntese dos primeiros compostos de coordenação levou ao desenvolvimento de conceitos e teorias que atualmente tem um valor considerável. A recente preparação do XeF4 constitui outro exemplo que demonstra como uma síntese pode levar a um grande esforço na investigação química, tanto sintética como teórica.
Neste capítulo é conveniente dividir os compostos de coordenação dos metais em dois grupos (1) complexos de Werner e (2) carbonilos metálicos e compostos organometálicos. Esta classificação coloca todos os complexos que não contém uma união metal-carbono e a todos os complexos com cianetos no grupo 1. Estes complexos de Werner são os que se encontram frequentemente durante a análise qualitativa dos íons metálicos. O grupo 2 inclui os complexos que contém pelo menos uma ligação metal-carbono. Os compostos do grupo 1 possuem normalmente propriedades salinas, ao contrário dos membros do grupo 2 são geralmente materiais moleculares covalentes.
Geralmente são solúveis em solventes não-polares e possuem pontos de fusão e de ebulição relativamente baixos. Nesta classe são incluídos os carbonilos metálicos e outros sistemas que contêm ligações metal-carbono, por exemplo, Hg(C2H5)2,
K[PT(C2H4)Cl3] e Fe(C5H5)2.
Para a preparação dos complexos metálicos pode-se empregar vários métodos experimentais diferentes, mas relacionados entre si. Alguns destes métodos são descritos mais adiante e são ilustrados mediante exemplos específicos. O método a ser escolhido em um caso particular, depende do sistema em questão; por outro