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© Cruz Celta na erã pagã e cristã (Wikicommons, J. Romilly Allen).
Relíquias arqueológicas provam que a cruz é ilustrada pelo homem há muito tempo. Nas culturas celtas de países como o País de Gales, Escócia e Irlanda, são encontradas as cruzes de pedra celtas, datadas do século IX. Essas cruzes, com o tempo, tomaram adereços e detalhes complexos e nunca retratavam nenhuma figura humana. Alguns historiadores acreditam que isso se deve ao fato de que as sociedades celtas relutavam em esculpir imagens para adoração. As cruzes ainda podem ainda ser vistas em alguns locais desses países.
Antes do cristianismo, a cruz já significava sofrimento e dor, pois antigamente os criminosos eram condenados à crucificação. Com a religião cristã a salientar o episódio bíblico, o tema ganhou força e foi aí que muitos artistas começaram a inspirar sua arte. Neste sentido, uma das maiores e mais perturbadoras obras é a pintura da Crucificação (1512-1516), de Matthias Grünewald, que se encontra no antigo mosteiro da cidade francesa de Colmar. A retratação do fato bíblico, feita por Grünewald em pleno Renascimento, parece uma obra da Idade Média, com influência gótica. É uma retratação brutal de um Cristo terrível, que reflete luto, agonia e aflição. O imenso quadro foi um marco na história da arte.
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© "Crucificação" de Matthias Grünewald (Wikicommons).
Ao longo do tempo, a figura da cruz se desenvolveu com a mesma tendência entre diversos artistas. A ilustração de Cimabue, datada do