Barbara
A evolução da Psicologia Social, nas diferentes partes de mundo, vem ocorrendo, de certa forma, associada às várias modalidades ou vertentes da disciplina. Assim é que, na América do Norte, e mais especialmente nos Estados
Unidos da América, a Psicologia Social Psicológica foi e continua sendo a tendência predominante. Já na Europa, é possível se notar uma preocupação maior com os processos grupais e socioculturais, que sempre estiveram na base das preocupações da Psicologia Social Sociológica. Por outro lado, na América Latina, verifica-se a adoção da Psicologia Social Crítica como abordagem preferencial à análise dos graves problemas sociais que costumam assolar a região.
Após o movimento de maio de 68 e inseridos em um contexto de ditadura militar, os psicólogos sociais da América Latina iniciam uma forte crítica em relação à epistemologia até então dominante na psicologia social, ou seja, a psicologia social cognitiva-comportamental e, também, denunciam a necessidade de ampliar o campo de atuação do psicólogo que até então era eminentemente clínico. (LANE,
2001).
Com isso, segundo Lane (2001), pertenceria à Psicologia Social Crítica, assim denominada pelos seus membros, reinserir o sujeito na intersecção de sua história com a história de sua sociedade, somente este conhecimento nos possibilitaria entender o homem enquanto produto e produtor da história.
Quando as ciências humanas se atêm apenas na descrição, seja macro ou microssocial, das relações entre os homens e das instituições sociais, sem considerar a sociedade como produto histórico-dialético, elas não conseguem captar a mediação ideológica e a reproduzem como fatos inerentes à “natureza” do homem
(LANE, 2001, p.13).
Para a ocorrência de uma transformação