barata
A REPÚBLICA CONTEMPORÂNEA sumiço dos produtos, o ágio, a cultura inflacionária e a maquiagem dos produtos (mudança de nome, embalagem e rótulo do mesmo produto).
A falta de uma política voltada para o aquecimento do mercado interno e a ausência de incentivo à produção nacional comprometeram a tentativa de crescimento econômico, que não se efetivou fazendo com que a inflação e a recessão voltassem à cena política.
Ainda no ano de 1986, houve as eleições para governadores, deputados estaduais e para a Assembléia Constituinte (deputados federais e senadores).
Estas eleições foram profundamente marcadas pelo sucesso momentâneo do Plano Cruzado, fazendo do
PMDB o grande vitorioso, aumentando assim o número de políticos ligados à ditadura (que migraram oportunamente para o partido do governo) e conservadores adeptos da política fisiológica em contraposição à proposta do próprio governo, que pretendia romper o imobilismo causado pelas pressões dos setores ligados ao passado autoritário.
No fim do governo, Sarney é um líder sem credibilidade devido à volta do processo inflacionário
(84% ao mês e 4.864% ao ano) e a impossibilidade de conter os gastos públicos devido às cobranças de verbas de suas bases de sustentação fisiológica.
A economia brasileira encontrava-se paralisada com índices de crescimento econômicos negativos
(1981 –1,5% e 1990 –4,6%), além da queda das reservas cambiais em níveis extremamente críticos para um país.
A estrutura de serviços do Estado tornou-se obsoleta. Estradas esburacadas e malha viária insuficiente, hospitais, escolas e presídios em precárias condições de funcionamento aliados aos baixos salários do funcionalismo público demonstram o sucateamento do Estado.
A indústria nacional termina a década abalada pelas altas taxas de juros, congelamentos, recessão e pela perda da competitividade (segundo a FIESP, a taxa de crescimento da produtividade do trabalho é decrescente no final da década, contrariando a