banquete na antiguidade

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Dentre todos os aspectos que definem a cultura alimentar do que denominamos “mundo clássico”, um dos mais significativos é a vontade de o apresentar como o domínio da civilização, como uma zona privilegiada e protegida, oposição ao universo desconhecido da barbárie.
No sistema de valores da antiguidade, o que distingue o homem civilizado dos bárbaros é a comensalidade: O homem civilizado come não somente por fome, para satisfazer uma necessidade elementar do corpo, mas também (e sobretudo) para transformar essa ocasião em um momento de sociabilidade.
As “boas maneiras no banquete” servem, na sociedade grega, para distinguir os homens civilizados dos selvagens que não as praticam. Portanto, a comensalidade é percebida como um elemento “fundador” da civilização humana.
Entre os gregos, por muito tempo o principal alimento foi o peixe, consequência do extenso litoral e do solo não próprio para agricultura. Acompanhavam o peixe alimentos como o centeio, o arroz e a aveia e condimentos como a sálvia, o tomilho, o alho-poró, a cebolinha, a alcaparra, a raiz forte e o coentro. Para os ricos também serviam-se bois, carneiros, cabras e porcos. Queijos de leite de cabra e de ovelha também eram muito consumidos.
Nos dias de festas, o jantar terminava com o banquete (sympósion). Durante o jantar, os convivas não tomavam vinho, só no final é que se provava um gole de vinho puro, ao invocar o gênio bom (Agathos Daímon), ou a saúde (Hygieia).

Já entre os romanos, os hábeis cozinheiros dos banquetes eram pessoas muito importantes, reconhecidas como artistas e recebiam altos salários. Foram os pioneiros na figura do chef de cozinha. “Ter um bom cozinheiro era símbolo de ascensão social.” aconteciam grandes festas, com vários convidados, um vasto cardápio requintado e muito luxo. E o apetite dos comensais não se restringia à mesa: embalados pelo clima e pelo vinho, muitos jantares desbancavam para orgias.
Em Roma, só pobres e escravos comiam sentados. Chique era se reclinar nos

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