Banco galtar

Banco Galtar - A crise cambial brasileira de 1999 – Aspectos políticos e de mercado

1) Quais os conflitos de agência (agency) presentes no texto?
Basicamente existiam 02 grupos com opiniões distintas sobre a conjuntura política instaurada logo após a reeleição de FHC e as especulações sobre a política cambial. Um grupo defendia as boas relações com o Governo e com o Banco Central, apostava que não haveria mudanças na política cambial e que esta boa relação iria influenciar no apoio ou não do Banco Central nas pretensões do Galtar em adquirir um banco comercial, e qualquer movimentação especulativa poderia ser julgada negativamente, podendo, inclusive ser motivo de perseguição política prejudicando a instituição.
O outro grupo vendo a instabilidade política na base do governo, os sinais negativos daquele momento e a provável desvalorização do real frente ao dólar apostavam no ganho financeiro relevante e de curto prazo, desejava estruturar posições compradas em moeda estrangeira, podendo gerar altos ganhos financeiros e retorno aos acionistas, porém eventual desconforto e problemas futuros junto ao governo.

2) Como funcionava o Conselho de Administração do Banco Galtar?
Tinha como seu presidente o Sr. Henrique contratado há mais de 20 anos com autonomia nas decisões de caráter estratégico e como vice o Sr. Aderaldo que conduzia a expansão das atividades comerciais, e a diferença do conselho em relação à maioria dos bancos eram as questões pertinentes a gestão de ativos e passivos onde possuíam um comitê específico e todas as posições deveriam ser avalizadas semanalmente.

3) Por que Gabriel apostava na desvalorização do Real?
Em função das dificuldades na geração de divisas, recente crise Russa, risco Brasil crescente, queda no volume das exportações e redução nas linhas para bancos brasileiros, disputas políticos que FHC vinha enfrentando desde a sua reeleição, junto a base de aliados, sinais que o Presidente repensava a política cambial.