Balança
Guiado apenas pela intuição, Emílio Ribas combateu a febre amarela, exterminando com êxito o mosquito transmissor da doença (hoje conhecido por Aedes aegyptii) nas cidades paulistas de São Caetano, Pirassununga, Pilar, Campinas e Jaú, o que lhe valeu a nomeação, em 1898, para diretor do Serviço Sanitário do Estado de São Paulo. Sofreu forte oposição dos que acreditavam que a doença era transmitida por contágio entre pessoas e para provar que esta tese estava errada, deixou-se picar pelo inseto contaminado, junto com os colegas Adolfo Lutz e Oscar Moreira. Foi a partir da contaminação de Ribas que Oswaldo Cruz empreendeu a eliminação dos focos de mosquito no Rio de Janeiro.
Biografia de Emilio Ribas
Emilio Ribas é natural de Pindamonhangaba, São Paulo, nasceu em 11 de abril de 1862 Ele era filho Cândido Marcondes Ribas e Dona Andradina Marcondes Machado Ribas fez os estudos primários e secundários em sua cidade natal. Mudou-se depois para o Rio de Janeiro, onde cursou a faculdade de medicina da Universidade do Brasil. Formou-se com mérito em 1887 defendendo a tese Morte Aparente de Recém-Nascidos. Esse trabalho discutia o tema com profundidade, ressaltando aspectos referentes ao feto e ao recém-nascido, assim como a importância do cordão umbilical, salientando que as famosas circulares do cordão levavam à constrição de vasos do pescoço do feto, acarretando prejuízo à irrigação sanguínea cerebral, podendo resultar na morte fetal. Começou sua vida profissional como clínico geral. Casou-se com Maria Carolina Bulcão Ribas e foi morar no interior de São Paulo, primeiro em Santa Rita do Passa Quatro e depois em Tatuí.
Em 1895 foi nomeado inspetor sanitário e começou a trabalhar em São Paulo como auxiliar do dr Diogo Teixeira de Farias, no Desinfetório