bahia
José Maria Jardim
A produção de conhecimento arquivístico: perspectivas internacionais e o caso brasileiro
(1990-1995)
INTRODUÇÃO
O quadro atual dos estudos no campo da informação, aí incluída a arquivologia, traz implícita uma hipótese e convida-nos a debruçarmos sobre ela. Esta hipótese é a de que estamos vivenciando a emergência de novas e variadas dimensões no campo arquivístico.
Quando nos referimos à palavra “dimensão”, remetemo-nos à medidas, tamanhos, extensão, enfim, a espaços.
No caso, a espaços de conhecimento arquivísticos. Refletirmos sobre novas dimensões da arquivologia levanos, portanto, à hipótese de que a área encontra-se em vias de um profundo redimensionamento, num processo reestruturador dos seus espaços. Espaços científicos, tecnológicos, sociais.
Espaços de crise e crescimento.
Resumo
As transformações em curso na produção e uso da informação vêm promovendo a emergência de novas possibilidades na gestão da informação arquivística, na configuração da arquivologia como campo de conhecimento e na atuação do arquivista.
No plano internacional, estas tendências são identificadas em variadas escolas de pensamento arquivístico. Pesquisa realizada a partir de artigos publicados no Brasil, no período 1990-1995, sugere demandas para a ampliação e difusão do conhecimento na área, em consonância com as tendências observadas internacionalmente.
Palavras-chave
Gestão da informação arquivística;
Arquivologia e conhecimento; Atuação do arquivista; Ampliação e difusão do conhecimento arquivístico.
No trabalho científico, toda hipótese é uma tentativa – nem sempre bem-sucedida – de construirmos algumas teses sobre a realidade em que nos inserimos. Hipóteses e teses, porém, são sempre provisórias. As reflexões a seguir – como não poderia deixar de ser
– guardam estas características.
Ao refletirmos sob a hipótese de que novas dimensões vêm emergindo no campo arquivístico, estamos simultaneamente nos