Bacillus cereus
B. cereus, foi pela primeira vez isolado e descrito em 1887. No entanto, só foi reconhecido como agente causador de intoxicação alimentar após as publicações de Hauge em 1950 e 1955, tendo sido relacionado com 4 surtos, todos envolvendo molho de baunilha. Estes surtos, e outros descritos nos 20 anos seguintes, caracterizavam-se pelo aparecimento de diarreia aquosa 8 a 16 horas após a ingestão do alimento contaminado.
Um surto associado a este microrganismo, caracterizado por náuseas e vómitos 1 a 5 horas após a ingestão de arroz cozinhado, foi publicado pelo Public Health Laboratory Service (Reino Unido) em 1972.
Apesar do cepticismo devotado a esta publicação, as investigações subsequentes mostraram que certas estirpes de B. cereus são capazes de causar intoxicação do "tipo estafilicócica" apresentando os pacientes vómitos e náuseas.
Actualmente, é reconhecido que este tipo de intoxicação por B. cereus é mais comum do que o inicialmente descrito por Hauge.
B. cereus é uma bactéria Gram-positiva pertencente à família Bacillaceae. As células têm a forma de bastonetes (bacilos) de grandes dimensões, geralmente móveis, e formam esporos. B. cereus produz 2 tipos de enterotoxinas, diarreica e emética, que são os agentes responsáveis pela intoxicação alimentar.
A toxina diarreica é uma proteína produzida durante o crescimento das células. A toxina emética (induz o vómito) é um pequeno peptídeo sem propriedades antigénicas, produzido durante a fase estacionária do crescimento e extraordinariamente resistente ao calor (resiste a uma incubação a 126ºC durante 90 minutos), a pH extremos e à digestão enzimática.
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Resumo:
Quem consumir esses alimentos contaminados poderá apresentar quase que de imediato vômito frequente, e quem só apresentar sintomas a partir de 6 horas (em média) após a ingestão, normalmente terá mais diarréias que vômitos.
Surtos com