bacia potiguar
No município Nova Lima (MG) encontra-se uma mina de exploração de ferro inativa conhecida como Mina do Tamanduá (Figura 1). Grande parte da região adjacente ainda não foi explorada, pois, por muitos anos essa área sofreu interferências sociais que restringiram a exploração do minério de ferro neste local. A empresa VALE é a maior investidora na atividade mineradora desse município e visa dar continuidade a exploração desta mina, já que suas duas principais minas (Águas Claras e Mutuca) encontram-se em processo de exaustão e a demanda por esse mineral aumenta progressivamente.
Figura 1 – Mapa de localização da Mina do Tamanduá
Fonte: Menezes, 2012.
2 REVISÃO DE LITERATURA
Derby (1910) foi o primeiro autor a levantar dados sobre a estratigrafia da região, os quais foram modificados posteriormente por Harder e Chamberlin (1915), Dorr (1969) e, recentemente, por Marshak e Alkmim (1989). Estes autores afirmam que a estratigrafia da região é constituída por quatro conjuntos litoestratigráficos: Complexos Metamórficos, compostos por terrenos granito-gnáissicos de idade arqueana; Supergrupo Rio das Velhas, formado por sequência arqueana de rochas metavulcano-sedimentares tipo greenstone belt; Supergrupo Minas, formado por metassedimentos clásticos e químicos de idade proterozóica; e Grupo Itacolomi, formado por metassedimentos clásticos proterozóicos. Toda a sequência é secionada por diques máficos, sendo que a idade de 906 Ma representa a principal época de intrusão destes (Silva, 1992, Silva et al., 1992).
Segundo a Vale (2009), os minérios economicamente mineráveis na Mina do Tamanduá são principalmente as hematitas (Fe = 63% a 68%) e os itabiritos ricos (Fe = 58% a 63%).
De acordo com OPGPM (2004) o alvo da lavra de minério de ferro na mina, faz parte da Formação do Cauê e é constituída por hematitas compactas, médias, e diversos tipos de itabiritos. Dorr (1965) e Rosière (1983) dividem os minérios associados à Formação Cauê