ESTUDO DO COMPORTAMENTO GEOL GICO ESTRUTURAL DOS DEP SITOS CRET CICOS DO SISTEMA AQU FERO APODI BACIA POTIGUAR NE DO BRASIL
4717 palavras
19 páginas
ESTUDO DO COMPORTAMENTO GEOLÓGICO-ESTRUTURAL DOSDEPÓSITOS CRETÁCICOS DO SISTEMA AQUÍFERO APODI, BACIA
POTIGUAR, NE DO BRASIL
Tiago Siqueira de Miranda1
João Manoel Filho1
Benjamim Bley de Brito Neves2
José Antonio Barbosa1,3
1
Programa de Pós-Graduação em Geociências - UFPE. E-mail: tiagomiranda@oi.com.br, jomanoelfilho@terra.com.br, borboant@hotmail.com
2
Instituto de Geociências – USP. E-mail: bbleybn@usp.br
3
Departamento de Geologia – UFPE.
RESUMO
O presente estudo apresenta uma análise da evolução geológica da Chapada do
Apodi, RN, com foco no contexto hidrogeológico do Sistema Aquífero Apodi. Este sistema abrange a Chapada do Apodi, que está situada na porção on-shore da Bacia Potiguar, e compreende os depósitos cretácicos do Grupo Apodi. O objetivo principal foi entender o desenvolvimento das feições cársticas da Formação Jandaíra e caracterizar a zona de recarga do aquífero Açu. As camadas de arenitos da Formação Açu, na borda oeste da chapada, apresentam suave mergulho para SE, favorável à recarga do aquífero. Porém, esta formação também apresenta litotipos argilosos e foi classificada, localmente, como um aquitard. O acamamento da Formação Jandaíra apresenta direção preferencial NE-SW, com mergulho entre 1° a 10° tanto para SE, como para NW. Juntas paralelas à estratificação apresentam abertura entre 10 cm e 15 cm e provavelmente resultam de alívio de pressão. As principais estruturas mapeadas na área foram fraturas de extensão que ocorrem nos depósitos carbonáticos da Formação Jandaíra. Estas fraturas são verticais, não possuem preenchimento, apresentam abertura de até 2 m e exibem direção principal NW-SE. O desenvolvimento de fenômenos cársticos na região, com a formação de sumidouros, furnas e cavernas, está diretamente ligado a elas. O padrão de fraturamento e as juntas de alívio de pressão estão ortogonalmente associados formando espaços porosos com até 30 cm de diâmetro, o que favorece a recarga do aquífero Jandaíra. Estilólitos horizontais na