bacharelando
A nação como semióforo
A filósofa Marilena Chaui, em seu segundo capítulo faz uma relação entre a noção de nação, surgida como conhecemos recentemente, no ano de 1830, com o significado de semióforo.
A priori, faz um breve estudo sobre a origem do termo, dando o seguinte significado: “SEMEIOPHOROS é uma palavra grega composta de duas outras: semeion ‘sinal’ ou ‘signo’ e phoros, ‘trazer para a frente’, ‘expor’, ‘carregar’, ‘brotar’ e ‘pegar’ (no sentido que, em português, dizemos que uma planta ‘pegou’, isto é, refere-se à fecundidade de alguma coisa). Um semeion é um sinal distintivo que diferencia uma coisa de outra, mas é também um rastro ou vestígio deixado por algum animal ou por alguém, permitindo segui-lo ou rastreá-lo, donde significar ainda as provas reunidas a favor ou contra alguém” p. 11. Para em seguir tratar o termo como um símbolo e tudo o mais que ele representa: “Um semióforo é, pois, um acontecimento, um animal, um objeto, uma pessoa ou uma instituição retirados do circuito do uso ou sem utilidade direta e simbólico, capaz de relacionar o visível e o invisível, seja no espaço, seja no tempo, pois o invisível pode ser o sagrado (um espaço além de todo espaço) ou o passado ou o futuro distante (um tempo sem tempo ou eternidade)...” p. 12.
Por conseguinte, após esclarecer o sentido do termo, faz uma interessante análise sobre a ausência ou não dessa composição no mundo capitalista. Apesar de podermos pensar que não há espaço para simbologia, Chaui afirma que acima de tudo, um semióforo é signo de poder e prestígio, conferindo esse poder ao seu possuidor. Assim, é óbvio que o contexto atual está repleto daqueles que almejam possuí-lo.
Há para autora três concorrentes em possuir os símbolos: o poder político, o poder religioso e o poder econômico. E dessa concorrência se consolida o poder político com o patrimônio histórico-geográfico e artístico de uma nação, através