Bacharelando
Curso de Graduação em Relações Internacionais
Organização Mundial da Saúde e governos nacionais: combate a epidemias e sua prevenção
Autor: Felippe Capistrano
Disciplina: Estudo dos Problemas Globais
Professor: Alexander Zhebit
Data de entrega: 30/07/2013
Introdução Com a proposta de analisar a relação político-institucional dos Estados nacionais com a Organização Mundial de Saúde (OMS) – fundada na esteira da ONU como aglutinadora até então inédita dos esforços de cunho global no tema da saúde – e demais parceiros e atores relacionados, a presente obra visa mapear os resultados produtivos e os obstáculos à cooperação internacional na área da saúde. A necessidade do estabelecimento de uma institucionalidade mundial no campo da saúde acompanhou a tendência do século XX – ampliada no século XXI – de internacionalização da percepção de problemas coletivos e de propostas de resolução dos mesmos. O caráter técnico da questão da saúde, de forma semelhante ao do tema das telecomunicações, aliado ao apelo humanitário, facilitou a superação de barreiras político-ideológicas e possibilitou a adesão massiva dos Estados à OMS em pleno contexto biopolar da Guerra Fria. Enquanto agência diretamente vinculada à ONU, a OMS é a mais representativa delas se considerada a adesão de Estados: com exceções irrelevantes, todos os membros da ONU são também membros da OMS. A amplitude da adesão à OMS tem fundamental importância no tema da saúde global ao alcançar a verdadeira totalidade do globo e, assim, lograr estabelecer padrões sanitários cuja parcialidade ou limitação na aplicação poderia comprometer os esforços de prevenção e combate a doenças contagiosas. A abrangência da atuação da OMS não se limita à oferta de liderança e promoção da cooperação para a prevenção e o combate de epidemias, mas também envolve fomento e direcionamento da produção científica e tecnológica no campo da saúde; produção e