Bacharelado
Paul Veyne
Antigos Romanos
A analise dos textos nos faz refletir acerca do mundo que nos cerca e a que tipo de cultura estamos expostos, cultura esta que nos condiciona dia a dia a perceber as relações sociais mediante um conjunto de regras de conduta e procedimentos educacionais específicos e já cristalizados como corretos, e isso deriva em grande parte da forma como vemos e percebemos a infância, a adolescência e a juventude, ou seja o modo como categorizamos e definimos o que é certo e o que é errado de se fazer a um indivíduo conforme sua idade, um exemplo disso bem próximo de nós, sem precisarmos retroceder até aos antigos romanos, mas a uma geração, no máximo duas antes de nós, onde a criança antes da puberdade era tida como um projeto de ser humano ainda em formação e por causa disso não poderia expressar qualquer opinião dentro ou fora de casa, sendo a expressão máxima dessa cultura na situação onde dois adultos conversavam caso a criança tentasse tomar parte no dialogo era logo interrompida e colocada de lado com um severo “ cala boca criança, que essa é conversa de adulto”, já nos dias de hoje com a ampliação do acesso a educação e diminuição do numero de filhos na família, a criança passou a ter um papel de maior destaque e suas opiniões são levadas em conta em muitas decisões, e caso ainda apareça a frase “ cala a boca criança” ela é respondida imediatamente com um certo grau de petulância por um “ cala boca já morreu, quem manda na minha boca sou eu”. E assim passamos portanto a perceber com toda a certeza é que a forma como nos relacionamos e construímos nossa percepção do outro, no caso aqui da definição do ser criança, é diretamente relacionado ao período histórico e ao tipo de sociedade em que vivemos, pois para cada período histórico que olhamos percebemos maneiras diferentes de lidar com os outros e os defini-los, assim concluimos que o que temos hoje