Bacharel em direito
Em sua obra “As misérias do processo penal, Carnelutti pretende expor a necessidade de que seja pelos homens resgatada a tão sonhada civilidade. Ele nos mostra que o processo penal vem se tornando um circo que por meio da mídia que deveria servir como forma de controle social sobre a administração da justiça se encontra hoje entrelaçado a motivos de desordem, servindo apenas de refúgio da nossa vida cotidiana e rotineira. Contudo essa foram de “entretenimento” é realizada a custa do sofrimento alheio, quando o outro assume um caráter trágico. A população assiste a um espetáculo processual penal como se fosse um cinema.
Segundo o autor é no processo penal que se verifica o grau de civilidade de uma sociedade. Lembra ainda que a civilidade é, portanto a capacidade dos homens de querer-se bem e por isso viverem em paz. No entanto, no processo penal os condenados são tratados como qualquer coisa menos como homem. São tratados como homens de outro mundo. O que esquecemos é que dentro de cada um de nós existe um pouco de luz e treva, que estamos sujeitos a atitudes que por hora são desconhecidas por nós mesmos. Sendo assim somente quando for possível romper com este distanciamento entre os que se dizem civilizados e os encarcerados aí sim poderemos fazer jus a tal adjetivo. O advogado por sua vez tem sua função colocada em ultimo plano no processo, ou seja, se encontra à baixo do juiz e do Ministério Público, ao lado do acusado estendendo-lhe a mão, sentindo o peso de uma possível condenação.
O autor define o encarcerado segundo os mandamentos de Cristo, não precisa de alimento, nem de vestes, casa ou medicamentos, o único remédio para ele é o amor. Aqui o advogado fará o papel de companheiro do acusado deixando bem claro sobre o exercício da advocacia que é bem definida por ele. Vejamos:
Deixemos claro: a