Açúcar: a doce riqueza
Os portugueses tinham três interesses principais ao colonizar a América Portuguesa: a dominação da terra, a exploração do território e a sua povoação. As várias tentativas de invasões das terras brasileiras por outros povos (franceses e holandeses) fez com que o governo de Portugal tomasse medidas para a fixação de portugueses na América Portuguesa. O açúcar estava entre os produtos mais apreciados e caros da Europa. O governo português, resolveu dar início ao cultivo de cana-de-açúcar na América Portuguesa. Além de lucrativa, essa atividade possibilitaria a colonização e a fixação dos portugueses na terra. Para produzir açúcar era necessário investir na criação de engenhos e trazer para cá pessoas que trabalhassem nesses engenhos. O rei português, Dom João III, decidiu, oferecer benefícios a quem se dispusesse a realizar essa tarefa: em 1.532, ele dividiu o território da América Portuguesa em 15 faixas de terras (chamadas de capitanias hereditárias) e as doou a pessoas que ficariam encarregadas de povoá-las, defendê-las e torna-las produtivas (chamados de donatários). Os donatários recebiam a terra e arcavam com sua manutenção. Eles tinham total autoridade dentro da capitania que recebiam: podiam distribuir porções de terra, fundar vilas, etc., desde que seguissem as leis portuguesas.
A mão de obra escrava Para produzir o açúcar, era necessário o desenvolvimento de uma série de atividades, tais como: preparar a terra, fazer o plantio, organizar e fazer o corte da cana. Depois, transportar a cana para o engenho, moê-la para obter seu caldo e transformá-lo em açúcar. Ainda era preciso empacotar o açúcar e transportá-lo até o litoral para embarca-lo para a Europa. Para realizar todos esses trabalhos, eram necessários muitos trabalhadores e, de preferência, que tivessem um custo baixo. A solução encontrada pelos colonizadores portugueses foi utilizar mão de obra escrava. Resolveram então buscar os africanos e