AÇÃO CAMBIAL
1. CRÉDITO:
Inicialmente, os grupos sociais procuravam abastecer-se a si mesmos, produzindo apenas o que necessitavam ou o que era necessário para sobrevivência. Com o passar dos tempos, as populações foram crescendo e tornou-se difícil continuar com esse sistema, que só funcionava nos pequenos grupos humanos. Passou-se, então, à troca dos bens desnecessários, o que era sem importância para uns, mas de grande valor para outros. Mesmo assim, surgiram dificuldades, pois o que era desnecessário a uns, nem sempre era útil a outros e dessa situação surge a necessidade de criar uma mercadoria que pudesse ser trocada por qualquer outra e não por uma mercadoria determinada que estivesse disponível. Essa mercadoria, considerada padrão para as trocas, foi chamada de moeda (no começo não era um dinheiro, eram conchas, gado, certos metais raros). Posteriormente, a moeda foi substituída por cobre, prata, ouro. Com o surgimento da moeda, surge a atividade de comércio, onde algumas pessoas adquiriam grandes quantidades de mercadorias, de diversa qualidade, para serem trocadas por moedas pelas pessoas que delas necessitavam, o que consequentemente, com o surgimento da moeda, surge também o crédito. O crédito não existe na realidade física concreta; os seres humanos criaram o conceito de crédito e sua prática social. O crédito de um é o débito de outro. Crédito poderia ser definido, simplesmente, como algo que se tem para receber de alguém, pois se acreditou, se deu crédito, que aquela pessoa vai cumprir com a obrigação que assumiu.
2. TÍTULO: Título é algo que nomeia, que dá identidade ou adjetivo à coisa, ao fato ou à pessoa. Título de Crédito é um documento representativo de um crédito; é um documento que dá valoração ao crédito que se tem para receber. O título de crédito deve atender às exigências legais para que seja válido (formalismo cambiário – art. 104, III, CC). Podemos afirmar que as principais características dos