Cartas a um jovem designer
Capítulo 1: Persistência
Neste capítulo, aborda-se a identidade profissional de um designer, seja ele quem for.
Segundo o autor, o principal aspecto que deve ser tido como importante para um futuro designer é ter em mente que, independentemente da origem de cada um, da história de vida, dos gostos e visão de mundo, é necessário escolher um caminho a trilhar e persistir nele, sem temer maus caminhos e contratempos.
"Não dá para ficar esperando alguém vir e resolver os seus problemas, apontar-lhe um rumo, pois na vida somos nós mesmos que temos que ir à luta para criar as nossas próprias possibilidades." (CAMPANA, Humberto; p.3; 2009.)
O autor defende ainda que a essência de cada um deve ser preservada, ainda que essa não se encaixe no modo vigente no período, uma vez que o mercado se apresenta em constante transição de referências e ideais. Logo, coisas que não têm ressonância hoje podem ter amanhã.
Capítulo 2: Nossas Raízes Filhos de Alberto e Célia, estes funcionários públicos, Humberto e Fernando tiveram uma infância muito privilegiada na cidade de Brotas, interior de São Paulo. Moravam em um casarão com chão de terra batida, rodeada por riachos e rios e um vasto matagal. No período de férias, os Campana recebiam seus primos vindos de outras cidades. Improvisavam boias para se aventurar na correnteza dos rios. “Era maravilhoso”, afirma Humberto. Brotas se fortaleceu na área turística ligada a esportes radicais.
De acordo com Fernando, Sr. Alberto era engenheiro agrônomo e andava pelas fazendas da região para colaborar nas grandes plantações.
Nosso avô tinha uma loja de ferragens chamada Irmãos Campana. Eu, Humberto, gostava de ir lá e ficar mexendo na loja inteira; pegava escondido massa de modelar, vidro, correntes, parafusos; aqueles materiais me fascinavam. (CAMPANA, 2009, p.9).
Dona Célia era professora e se dedicava