azerbaijao
Alarmadas com o crescimento da Igreja, as autoridades aumentaram a pressão sobre os cristãos.
A Igreja e a Perseguição Religiosa
A Igreja
O cristianismo entrou na terra do Azerbaijão nos primeiros séculos da era cristã, quando os primeiros missionários cristãos, de Jerusalém e da Síria, começaram a chegar à Albânia caucasiana, o estado situado nesta terra naquela época. Mais tarde, nessas terras surgiram as primeiras comunidades cristãs.
São Bartolomeu, um dos doze apóstolos de Cristo, foi o mais conhecido dos pregadores do Evangelho na região onde localiza-se o Azerbaijão, mas nunca colocou os pés neste país. Após pregar o evangelho na Índia, viajou para a Albânia Caucasiana (atual Azerbaijão), onde já existia o Zoroastrismo, religião que tem como questão central de seu culto o fogo. De acordo com a tradição, o apóstolo foi martirizado por sacerdotes pagãos, furiosos com o seu sermão de sucesso. No entanto, as sementes do Evangelho já haviam sido lançadas.
Em 313 o cristianismo se tornou religião oficial da Albânia Caucasiana. Mas a Igreja da Albânia teve momentos difíceis ao longo de sua existência: depois de 451 d.C., juntamente com a Igreja Armênia, aderiu ao cisma Chalkidona e sofreu bastante com a expansão muçulmana.
Quando o Azerbaijão tornou-se uma república independente, havia apenas alguns convertidos no país, ligados aos cristãos russos e armênios. Na era soviética, tudo era proibido, mas a Igreja continuou a funcionar, clandestinamente. No começo da década de 1990, a Igreja formada por azeris começou a crescer. Estima-se que, em 1997, havia seis mil convertidos no país; até 2006, o número havia triplicado.
A dependência da Igreja russa diminuiu e a comunidade azeri tornou-se rapidamente uma Igreja que sofre oposição das autoridades locais e nacionais, bem como da sociedade. Os cristãos azeris são considerados traidores da nação e associados à Armênia, país tido como cristão e inimigo deles. Há provavelmente 20 mil cristãos nativos