Aviacao
AUXÍLIOS VIA SATÉLITE
Sistema que corrige o sinal do GPS e permite realizar aproximações de precisão pode ser a solução para desafogar áreas terminais saturadas Jorge Filipe Almeida Barros
O tráfego aéreo está em franca expansão no mundo todo, o que, de acordo com dados da ICAO (Organização da Aviação Civil Internacional), pode representar um desafio a segurança de vôo. Na medida em que espaços aéreos tornavam-se saturados, os sistemas de proteção ao vôo de todos os países seriam colocados em cheque. Prevendo isso, a I CAO promoveu em 1991 a 10a Conferência de Navegação Aérea, para tratar dos temas relativos ao crescimento da circulação aérea mundial e das questões relacionadas à infra-estrutura necessária. Era consenso que a tentativa de aumentar o número de auxílios à navegação e comunicações baseadas em solo não teria sucesso por causa dos altos custos de implantação com novas desapropriações, da manutenção de equipa mentos e pessoal, da impossibilidade de cobrir amplos espaços oceânicos, além dos prejuízos causados por vandalismos crescentes que tornam vulnerável a nave- gação aérea em todo o mundo.Foram lançadas, então, as bases do novo sistema de comunicações, navegação, vigilância e gerência de tráfego aéreo, que ficou conhecido como CNSATM. O novo conceito exigia o uso intenso de satélites de navegação e comunicações para atender às suas necessidades. O Departamento de Defesa dos Estados Unidos (DOD) ofereceu formalmente à ICAO, em 1993, o uso sem custos da constelação NavStar, conhecida como GPS (Global Positioning System), com o compromisso de avisar com seis anos de antecedência caso viesse a descontinuar o sistema. No ano seguinte, a ICAO declarava o GPS como disponível para algumas operações IFR específicas.
Daí para frente a navegação por satélites tem sido utilizada de forma cada vez mais ampla. Autoridades aeronáuticas passaram então a desenvolver rotas