AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Os avanços conseguidos no âmbito das políticas públicas para a Educação Infantil têm colocado em evidência a função pedagógica das creches e pré-escolas que, a partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional em vigor, passam a fazer parte da Educação Básica
É nessa mesma lei que encontramos orientações sobre a avaliação na Educação Infantil. O artigo 31 define que esta “far-se-á mediante acompanhamento e registro do seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao Ensino Fundamental.”
As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil reforçam essa orientação. Tanto na LDB quanto nas Diretrizes há a preocupação em resguardar as crianças na Educação Infantil das práticas avaliativas do Ensino Fundamental, que, historicamente têm dado maior importância aos resultados do que aos processos de desenvolvimento.
Apesar disso, mesmo não tendo notas e sem visar a promoção a etapas posteriores da escolarização, o que se tem encontrado comumente nas instituições que atendem as crianças de 0 a 6 anos, é a adaptação de testes, pareceres descritivos e fichas avaliativas usados no Ensino Fundamental, sem que se alterem as formas de observação das crianças a partir de um olhar sensível e reflexivo sobre seu desenvolvimento e suas aprendizagens. (HOFFMANN, 1996).
Para desenvolver uma prática avaliativa que dê mais importância aos processos do que aos resultados, é necessário que o(a) educador(a) desenvolva a capacidade de abrir os olhos, de olhar. Olhar para ver além do que está visível. Por isso, é fundamental que o(a) professor(a) desenvolva habilidades de observação do cotidiano das crianças que lhes permitam ver além do que é aparente ou daquilo que se apresenta. Nessa perspectiva, a avaliação é dinâmica, uma vez que deve se efetivar em diferentes situações em que ocorrem as aprendizagens das crianças.
A avaliação é de grande importância para o desenvolvimento da crítica e da autocrítica