AVALIAÇÃO DO REAPROVEITAMENTO DOS RESÍDUOS INDUSTRIAIS DA CASTANHA-DO-PARÁ E CASTANHA DE CAJU
Steigleder,Caroline,
Prade,Gabrielle,
Bordin, Fabiane.
1 INTRODUÇÃO
Os resíduos sólidos gerados no processo produtivo foram classificados durante séculos como meros subprodutos do sistema econômico. Desta perspectiva a prioridade era a remoção para locais distantes das áreas habitadas. Com a expansão das cidades, e por consequência, do volume de resíduos, intensificaram-se os problemas ambientais decorrentes da gestão inadequada. A fim de solucionar parte desse problema, existem diversas formas de reaproveitamento e destinação de materiais considerados até então sem mais utilidade na indústria.
A industrialização de oleaginosas constitui-se em uma das mais importantes atividades do agronegócio Brasileiro pela utilização dos seus produtos na formulação de alimentos, de cosméticos e de fármacos. Recentemente, o uso de óleos vegetais para fins energéticos tem ampliado o interesse do governo, de empresas privadas e das instituições de pesquisa tanto no aperfeiçoamento dos processos de extração de óleos quanto na busca de fontes alternativas deste produto. (FREITAS, et al, 2007) A castanha-do-Pará, denominada como castanha-do-Brasil para efeito de comércio exterior, encontrada numa vasta região da América Latina, principalmente na região Amazônica (SOUZA et al.,1987; REGITANO-d´ÁRCE e SIQUEIRA,1995; BONELLI et al., 2001). O valor de exportação da castanha-do-Brasil, dentre os produtos da Amazônia, só é ultrapassado pelo da borracha (BONELLI et al., 2001). (FERBERG, 2002).
A maior parte da castanha-do-Brasil destina-se ao consumo in natura. Porém, quando estas se apresentam quebradas ou com defeitos, sem aceitação pelo mercado externo, são descartadas. Entretanto, a castanha-do-Brasil possui uma ampla cadeia de produtos e subprodutos, sendo recomendada como matéria-prima para extração de óleo, devido ao elevado conteúdo de lipídios. O óleo da castanha-do-Brasil