AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM: domínio e/ou desenvolvimento?
Cipriano Carlos Luckesi1
A partir do texto que publiquei na revista ABC EDUCTIO, nº 54, de março do corrente ano, tratando das armadilhas que são colocadas nas perguntas dos instrumentos de coleta de dados para a avaliação da aprendizagem na escola, assim como da questão ética que aí se encontra envolvida, chegou-me a pergunta: “Então, nós não podemos, num instrumento, colocar perguntas que exijam que o estudante vá para além daquilo que foi ensinado, de tal forma que ele manifeste sua capacidade de solucionar problemas novos? Se isso não pode ser feito, como ficará o crescimento pessoal do estudante?”
No presente texto, proponho-me a tecer considerações sobre essa questão, que serve de aprofundamento sobre o que expus no texto anterior e de superação de possíveis confusões de compreensão a respeito do que foi exposto.
Afinal, o diálogo é recurso de crescimento. Na medida mesma em que estimulei, através de meu artigo, o pensamento e a compreensão do leitor, ele estimula e exige a ampliação da minha, e..., assim, vamos construindo as compreensões mais adequadas para a condução da vida.
A clareza é profundamente importante para que não misturemos uma coisa com outra, parecendo que são iguais ou, no mínimo, semelhantes, quando possivelmente não o são. É por isso que tento produzir a clareza sobre essa questão que me foi colocada.
Norman E. Gronlund, pesquisador norte-americano da área da avaliação da aprendizagem, em seu livro Elaboração de testes para o ensino, Livraria Pioneira Editora, São Paulo, 1979, estabelece uma abordagem que considero interessante para compreender a questão formulada e
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Professor do Programa de Pós-Graduação em Educação, Faculdade de Educação, Universidade Federal da Bahia,