AVALIAÇÃO DA ACEITAÇÃO DA MERENDA ESCOLAR
Se um alimento preencher as expectativas do consumidor com relação às suas características sensoriais (aparência, aroma, sabor e textura), ele será julgado como tendo boa qualidade sensorial. Assim, o conceito moderno de qualidade sensorial dos alimentos (Figura 1) estabelece que a qualidade sensorial não é uma característica própria do alimento como o são suas propriedades químicas, físicas e nutricionais; mas sim, o resultado da interação entre o alimento e o homem que o consome (Costell e Duran, 1981).
Uma vez que as expectativas dos consumidores variam em função do nível sócio-econômico e das raízes étnicas e culturais dos indivíduos, um mesmo alimento ou cardápio, pode ser considerado como tendo alta qualidade sensorial e apresentar alta aceitação em uma determinada região do país e, quando introduzido em outra região, pode ser julgado como possuindo baixa qualidade sensorial e ser rejeitado pelos consumidores locais. Por isso, ao se formular um cardápio, é primordial que se leve em consideração não só os aspectos nutricionais, químicos e físicos dos itens do cardápio, mas também as expectativas do grupo social, étnico ou cultural a quem o cardápio se destina, para que não se chegue à situação ilustrada na Figura 2.
No caso específico da merenda escolar, quando o objetivo for formular um cardápio de alta aceitação, deve-se respeitar ( Meiselman, 1984):
• hábitos alimentares da cultura onde a criança está inserida,
• preferências e aversões do grupo com relação a determinados alimentos,
• condições fisiológicas da criança, incluindo a idade (facilidade de manipulação do alimento na boca, etc.), alergias, deficiências fisiológicas (intolerância à lactose), etc.
• atitudes, crenças e tabus relativos a alimentos.
A QUALIDADE SENSORIAL DE UM ALIMENTO E SUA ACEITAÇÃO
FATORES CULTURAIS E SOCIAIS INFLUEM NA ACEITAÇÃO DO
ALIMENTO
Figura 2 - Desenho ilustrativo da rejeição de um cardápio por