A baixa idade média
O último período da Idade Média durou do século XI ao XV e foi marcado, em primeiro lugar, pelo renascimento da atividade comercial, que propiciou uma restauração das cidades que haviam definhado no período anterior. As cidades, renascidas a partir do século XI, foram conhecidas pelo nome de burgos e a sua população constitui um grupo social novo nos quadros da sociedade medieval, os chamados burgueses.
Desde o século IX existiam dois tipos de relação social na sociedade feudal, ambas legitimadas pela Igreja: as de vassalagem, que uniam os nobres cavaleiros por compromissos de lealdade pessoal, e as de servidão, que asseguravam a exploração dos camponeses. A descrição da vida cotidiana , podemos denominar como uma sociedade de ordens, composta de três segmentos, com funções hierarquizadas e distintas: orar, combater e trabalhar. Aos religiosos cabia rezar pelo bem dos cristãos, inspirando o amor a Deus; aos guerreiros competia proteger a Igreja e defender a sociedade dos mais diferentes perigos; aos camponeses restava a tarefa de garantir a sobrevivência material da sociedade, realizando os serviços braçais.
Para o clero, o esquema das três ordens era um símbolo da harmonia social, no qual cada segmento exercia uma função necessária para a sociedade. E sua justificativa era religiosa. Os sacerdotes se julgavam superiores aos cavaleiros porque dedicavam a vida a Deus.
O modelo das três ordens transformava a sociedade feudal em algo criado e desejado por Deus, inibindo qualquer contestação aos poderes estabelecidos.
Cruzadas – o motivo oficial da primeira Cruzada foi de inspiração política e religiosa. Convocada em 1095 pelo papa Urbano II, tinha como objetivo conquistar Jerusalém, a chamada Terra Santa, considerada o berço do cristianismo. A cidade tinha sido conquistada pelos turcos no século VII e, segundo a Igreja, precisava ser resgatada das mãos dos infiéis que, entre outras