Ava-facul
Dor de amor, essa dor dói demais, dilacera nosso coração, nos faz imaginar que não temos mais vida, que não temos mais chão, que nada mais terá brilho. Assim me sinto com dor da saudade que tenho do meu grande amor, que assim como as pétalas de uma rosa, é o nosso amor, frágil, belo mas que com ele traz a felicidade ao se ganhar ao se conhecer.
Histórias se cruzaram até que as nossas enfim se encaixaram perfeitamente, entre idas e vindas o amor aconteceu. Intenso, porém momentâneo, algo que não se percebe quando os olhos só querem enxergar o perfeito, no entusiasmo, no auge de minha juventude. Homem moreno, alto e bem sucedido, afinal eu me pergunto, não é o que muitas mulheres querem? Então iludida por uma fantasia mergulhei de corpo e alma, confesso, mais corpo do que alma. Com o tempo nossos interesses foram se dispersando, caminhos diferentes querendo seguir por si próprio, o distante foi acontecendo, entre brigas e mais brigas meu coração ia se partindo aos poucos. Ele? Bem, ele já não era o mesmo comigo, nossas conversas ficavam cada vez mais curtas, e sentia que em seu olhar havia algo de errado, e que não era só comigo. Desaparecia 3 a 4 vezes na semana, mas apesar de tudo estar errado e estranho no fundo, bem no fundo eu sabia que aquele bom homem que conheci ainda estava ali, em meio a confusos pensamentos. Por toda vez que voltada de suas sumidas me trazia uma rosa, vermelha, aroma inconfundível, viva. Eu amava, com o tempo não tinha apenas me apaixonado por aquele homem que idealizei, com o tempo vi o que o ele realmente era, bondoso, o home ideal. Até que parei para pensar nos últimos tempos, mas fui além, lembrei de todos os momentos felizes ao lado dele... decidi então que a situação em que estávamos não poderia continuar.
No meu limite resolve seguir ele a mais uma de suas desaparições, o vi passar em vários lugares, mas ele como sempre sem reação alguma, observava como se estivesse guardando cada detalhe,