Auxiliar contábil
Analistas do mercado financeiro revisaram para cima suas estimativas para o dólar, para a inflação e, por consequência, as apostas para a taxa básica de juros brasileira. Ao mesmo tempo, as projeções para a atividade econômica voltaram a cair.
O Boletim Focus, do Banco Central (BC), que compila estimativas de cerca de cem instituições, mostra que, na esteira da alta da moeda americana nos últimos dias, a mediana das estimativas para o dólar ao fim de 2013 saiu de R$ 2,30 para R$ 2,32.
Consta do relatório que a mediana para a alta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2013 saiu de 5,74% para 5,80%. Para 2014, passou de 5,80% para 5,84% de avanço. Em 12 meses, a previsão saiu de 5,97% para 6,08% de aumento. Na contramão, a projeção para a alta do IPCA em agosto foi de 0,29% para 0,26%.
Inflação mais salgada pode induzir os juros para cima - depois de ficar estável por sete semanas, a aposta para a taxa Selic ao fim deste ano foi ampliada de 9,25% para 9,50%. Os analistas veem o juro nesse patamar até o fim de 2014.
Na quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) informa sua decisão sobre Selic, que atualmente está em 8,50% ao ano. Espera-se aumento de 0,50 ponto percentual.
Enquanto veem inflação e juros maiores, os analistas estimam uma economia menos ativa. A mediana das projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) foi alterada de 2,21% para 2,20% em 2013 e de 2,50% para 2,40% em 2014.
Quanto à produção industrial, a expectativa é de um avanço de 2,11% neste ano, em vez de 2,08%, e de 2,90% em 2014, no lugar de 3%.
No caso da balança comercial brasileira neste ano, a projeção é de um superávit de US$ 3,40 bilhões, ante os US$ 4,35 bilhões estimados no documento anterior. Para 2014, o saldo positivo projetado passou de US$ 8 bilhões para US$ 9 bilhões.
Justificativa
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