Autonomias em processos educacionais
DIFERENCIADOS: PRESENCIAL E VIRTUAL
MARIA CRISTINA LIMA PANIAGO LOPES
BÁRBARA ANN NEWMAN
BLANCA MARTIN SALVAGO
Universidade Católica Dom Bosco
RESUMO
Este artigo surgiu de um curso de extensão sobre novas tecnologias e educação no contexto virtual. Os artigos lidos e debatidos abordaram constantemente a questão da autonomia, resultando na vontade de aperfeiçoar as pesquisas feitas, para definição do modo de alcançar esse estado autônomo tão almejado. Em primeiro lugar, discutiremos identidade cultural na pós-modernidade, depois, contexto educacional no novo paradigma e educação a distância. Em seguida, tentaremos relacionar autonomia com pesquisa, treinamento, independência e esclarecer o autodidatismo neste contexto. Por fim, faremos reflexões sobre papéis do professor, do aluno e da instituição relacionados à autonomia no contexto tecnológico e seus obstáculos e desafios.
PALAVRAS-CHAVE: autonomia; novas tecnologias; educação; educação a distância
INTRODUÇÃO
IDENTIDADE
CULTURAL
MODERNIDADE
NA
PÓS-
No dia em que o EURO foi colocado oficialmente em uso em 12 países da Europa, uma mulher portuguesa, dona de uma barraca numa feira de
Lisboa, foi entrevistada por um canal de TV do Brasil.
Ela recusou-se a dar o nome à nova moeda: “Sei lá o que é isso!” exclamou, embora manuseando-a obrigatoriamente, para dar troco aos fregueses.
Encerrou a entrevista dizendo amargamente: “Só falta rasgar a bandeira nacional!” O que estava acontecendo com ela e com muitos portugueses entrevistados foi uma crise de identidade na pós-modernidade: a substituição do escudo (90 anos em circulação), moeda que identificava Portugal, por uma moeda que diminuiu a sua identidade nacional, unindo-a em termos financeiros com mais 12 países. Diante do medo da perda, o que poderia acontecer? Ou se continua lamentando e se pára no tempo, ou fazem-se os ajustes à nova situação e, com isso, molda-se a sua
identidade