Auto da Barca do Inferno e o Auto da Compadecida: dois autores um objetivo.
GABRIELLA MARTINS DE SOUZA
Literatura Portuguesa I
Auto da Barca do Inferno e o Auto da Compadecida: dois autores um objetivo.
São Paulo
2013
GABRIELLA MARTINS DE SOUZA
Auto da Barca do Inferno e o Auto da Compadecida: dois autores um objetivo.
Trabalho apresentado à disciplina Literatura Portuguesa I ministrado pelo Prof. José Eduardo Botelho de Sena, como requisito parcial para a obtenção da média semestral.
São Paulo
2013
INTRODUÇÃO
O presente trabalho pretende mostrar de uma maneira clara as diferenças de duas obras: o Auto da Barca do Inferno de Gil Vicente, uma obra que teve destaque no início do Renascimento em Portugal e o Auto da Compadecida de Ariano Suassuna, que teve grande destaque na Literatura Portuguesa. O trabalho em si, relacionará as suas diferenças.
Além disso, serão observadas no trabalho como foi à introdução das peças no teatro medieval, o teatro vicentino, a crítica social que cada autor faz em sua obra e por fim, uma pequena comparação entre as duas obras e entre um personagem e outro.
TEATRO MEDIEVAL
Inicialmente na Idade Média, os teatros de Portugal – Europa, eram apresentados no interior das igrejas como cerimônias religiosas. As ocasiões de representação eram as festas do ano litúrgico, ou seja, as peças eram feitas no Natal, na Páscoa entre outras datas importantes e comemorativas da época.
Nessas peças, as dramatizações vinham de histórias bíblicas que eram lidas durante o culto religioso. Seu objetivo era claro e reforçava para todas as pessoas que fossem assistir às ideias e aos dogmas católicos. A princípio eram encenados dramas litúrgicos em latim, escritos e representados por membros do clero. Os fiéis eram os figurantes e, mais tarde, eles se tornavam atores e começavam a usar o latim como a língua do país. Algumas peças como, por exemplo, a Páscoa ou