Autismo

AUTISMO

Breve Histórico: foi descrito pela primeira vez em 1943 pelo Dr. Léo Kanner, médico austríaco, residente em Baltimore (EUA), em seu artigo escrito originalmente em inglês: Distúrbios Autísticos do Contato Afetivo. Nesse artigo Kanner descreve 11 casos. Em 1944, Hans Asperger, um médico também austríaco e formado pela Universidade de Viena, escreve outro artigo: Psicopatologia Autística da Infância, descrevendo crianças bastante semelhantes às descritas por Kanner. Ao contrário de Kanner este artigo levou muito tempo para ser lido, talvez por ter sido escrito originalmente em alemão. Hoje em dia atribui-se aos dois autores a identificação do autismo. Em 1979, Lorna Wing, descreve em seu estudo com Judith Gould os três desvios (desvios qualitativos na comunicação, na interação social e no uso da imaginação) que ao aparecerem juntos, caracterizam o autismo.

Visão Atual: síndrome definida por alterações presentes desde idades muito precoces, tipicamente antes dos 3 anos de idade e que se caracteriza sempre por desvios qualitativos na comunicação (linguagem), na interação social (jogos e comportamentos) e no uso da imaginação.

Incidência: ASA – Autism Society of America A incidência seria de 2 casos em cada 1000 nascimentos e 4 vezes mais freqüente em pessoas do sexo masculino. O autismo incide igualmente em famílias de diferentes raças, credos ou classes sociais.

Causas: são desconhecidas, o conceito evoluiu de uma doença de causas parentais para um distúrbio abrangente do desenvolvimento, com causas neurobiológicas. Acredita-se que a origem do autismo esteja em anormalidades em alguma parte do cérebro ainda não definida de forma conclusiva e, provavelmente de origem genética. Além disso, admite-se que possa ser causado por problemas ocorridos durante a gestação ou no momento do parto. A hipótese de uma origem relacionada à frieza e/ou rejeição materna já foi descartada. Já que as causas não são