AUREA 1
Cobertura suspensa por si só ou apoiada em colunas sobre portas e vãos. Geralmente, fica localizada na entrada da casa. Aos alpendres maiores dá-se o nome de varanda.
Encontrado no Brasil tipicamente nas construções bandeiristas e em determinados exemplares da arquitetura rural.
Em Portugal o alpendre é também muito comum, especialmente em moradias. Normalmente o alpendre é entendido como um espaço que se aproveita do beiral do telhado da residência, mas não faz parte de seu interior, enquanto a varanda pode ou não apresentar cobertura (normalmente apresentando maior ligação com o exterior), caracterizando-se como um espaço semi-encoberto.
Telhas
Os telhados são, por assim dizer, a marca da arquitetura colonial. Embora no século XVI as boas construções, como casas de Câmara e Cadeia ainda usassem o sapé, eram depois substituídas por telhas. As telhas são sempre cerâmicas, decapa e canal, ou capa e bica, também chamadas telhas canal ou colonial. Fora do Brasil são conhecidas por telhas árabes ou mouriscas. Inicialmente eram moldadas artesanalmente por escravos. Eram naturalmente muito irregulares, o que gerou uma crença popular de que eram “feitas nas coxas”. A expressão inclusive transcendeu o discurso técnico, e é ainda hoje utilizado para designar pejorativamente qualquer coisa mal feita. Por extensão, a expressão passou a designar qualquer coisa mal feita ou irregular.
O cozimento também não era perfeito, como viria a ser no século XIX, quando aqui aparecem as telhas francesas ou marselha e as telhas romanas. O processo de moldagem e cozimento davam a estas telhas forma e coloração muito características responsáveis pela aparência inconfundível das edificações coloniais, que tanto agradam às novas gerações.
Estruturas de telhado
A estrutura de assentamento das telhas era sempre de madeira. O desdobramento das peças era artesanal, executado geralmente por escravos, como mostra a bela gravura.
Desdobramento da madeira. Gravura de Jean-Baptiste