An lise Soneto da Fidelidade
Profª: Sylvia Helena Cyntrão
Componente Curricular: Literatura Portuguesa – Renascimento Turma: A
Aluna: Vanessa Ferreira Carneiro Matrícula: 14/0182373
Análise Soneto da Fidelidade
O Soneto da Fidelidade da autoria de Vinícius de Moraes é formado por quatro estrofes que apresentam versos decassílabos e nas duas primeiras estrofes a rima é cruzada ou entrelaçada (primeiro verso rima com o quarto e o segundo rima com o terceiro). Nos tercetos, as rimas são misturadas.
Os dois tercetos apesar de separados, apresentam rima como se fossem um sexteto, sendo que as palavras do primeiro terceto rimam com palavras do segundo terceto: procure/dure, vive/tive, ama/chama.
No primeiro conjunto de versos, percebemos uma declaração explícita ao Amor, isto é, atenção total ao sentimento amoroso e o cuidado que devemos prestar a esse sentimento, haja vista o nome do soneto (de fidelidade), no sentido de valorização, adoração, e que mesmo em vista de outros “encantos”, o Amor não deve esmorecer e sim, fortificar-se em seu pensamento.
Na segunda estrofe temos um grande louvor ao Amor, ou seja, “vive-lo em cada vão momento”, e em sua homenagem espalhar um riso solto, agradável, leve, revigorador, e também nas horas tristes, derramar o pranto, a tristeza, e até mesmo a felicidade.
No primeiro terceto do poema percebemos que o autor almeja uma morte tardia que é a angústia de quem vive, ou seja, contradição eterna entre vida e morte, e finaliza com outra questão crucial: a solidão (a triste solidão) fim de quem ama.
No segundo e último terceto, o autor procura concluir o seu raciocínio poético, contando suas relações com o Amor, pedindo que não sejam imortais, uma vez que, são chamas, ou seja, quentes, ardentes, mas que podem apagar-se com o sopro do destino, mas que sejam infinitas, isto é, eternas, enquanto durarem.