Aula-analise
A língua, por ser uma classificação, se torna altamente opressiva, de modo que nos sujeita as suas regras e causa alienação. Ela está sempre a serviço de um poder, sendo por um lado assertiva, já que nos dá o poder da constatação e da indagação, e também gregária da repetição, tendo em vista que é formada por signos que só passam a fazer sentido quando são reconhecidos – que só acontece quando os mesmos são repetidos e agregados a um repertório. A literatura é vista pelos os escritores um modo de representação do real. Mas isso não passa apenas de uma utopia. A literatura, que usa a linguagem para montar a sua estrutura, está presa a ideologias e opressões. Ela está presa aos padrões pré-determinados pelo mestre. A literatura é mais uma tentativa frustrada de quebrar com o estereotipo da língua. O único modo de tentar quebrar com essa pressão é se afastando da linguagem, algo que ninguém conseguiu fazer. Ao dizer que “sou ao mesmo tempo mestre e escravo da língua”, quero dizer que, ao mesmo tempo em que a opero, também estou submisso a