Augusto comte
Segundo Auguste Comte, a sociedade erigida sobre o alicerce teológico militar estava condenada ao término, pois para ele, um novo saber inaugurado pela ciência, proporcionou uma reconstrução da sociedade quanto ao seu plano de sustentação. Para Comte, os cientistas substituíram os sacerdotes e os detentores do capital: empreendedores, industriais e banqueiros, substituíram os militares.
A reforma social ocorre a partir de uma reforma intelectual. A revolução Industrial no séc. XVIII, expressão do poder deste novo arranjo social, demonstrou a eficiência e a eficácia deste novo saber inaugurado pela ciência moderna. Ciência e técnica tornaram-se aliadas, provocando modificações no ambiente humano jamais imaginadas.
Na sua obra, segundo conta Raymond, Comte foi ingênuo em considerar que a história da Europa englobava a história de todo gênero humano; admitindo que a ordem social, para a qual a Europa estava seguindo, seria a mesma para a qual toda a humanidade estava, ou deveria seguir (p.67).
O pensamento filosófico de Auguste Comte, o espírito humano teria passado por três fases sucessivas. Na primeira, o homem explica os fenômenos atribuindo-os a seres, ou forças comparáveis com o próprio homem. Na segunda, invoca entidades abstratas, como a própria natureza. Na terceira, o homem se limita a observar os fenômenos, renunciando a descoberta das causas dos fatos e se contenta em estabelecer as leis que os governam (p.67). Uma passagem da idade teológica para a idade metafísica, e depois para a idade positiva.
Para Comte o estado positivo corresponde à maturidade do espírito humano, o termo positivo designa o real em oposição ao quimérico, a certeza em oposição a indecisão, o preciso em oposição ao vago.
Durkheime, critica a divisão feita por Comte, considerando que a mesma possui três erros: 1) Devido Comte ter considerado o universo europeu, sua apreciação