Auditoria em enfermagem

2537 palavras 11 páginas
Desde a introdução da anestesia, há um século e meio, a dor intra-operatória deixou de ser o fantasma que era. No entanto, a dor pós-operatória não mereceu, curiosamente, a mesma atenção e dedicação por parte da medicina. É normal que no pós-operatório se verifique constantemente pulso, pressão arterial, frequência respiratória e temperatura, mas é relativamente rara a verificação sistemática da dor que o paciente possa estar sentindo. Ainda nos dias atuais não há como mensurar a dor de maneira objetiva. Da mesma forma, ainda há costumes antigos e opiniões profundamente arraigadas, como por exemplo “Pós-operatório doi mesmo” e outros pensamentos fatalistas semelhantes. É urgente rever a atitude médica perante a dor do período pós-operatório.
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Há situações em que procedimentos cirúrgicos mesmo de grande porte causam apenas dores moderadas no pós-operatório, enquanto outros procedimentos de porte bem menor podem provocar dores por vezes muito fortes e de longa duração. Naturalmente, a dor pós-operatória varia tambem em função da reação individual à agressão cirúrgica, reação essa que depende de vários fatores que são não menos importantes. É preciso lembrar que a dor pode desencadear diversas reações vegetativas, tais como aumento da pressão arterial, taquicardia, aumento da resposta endócrina ao stress. Ademais, atitudes ou posturas antálgicas dificultam ou mesmo impossibilitam a fisioterapia, o que pode levar a uma maior incidência de complicações, tais como embolia, tromboses, ou microatelectasias que podem evoluir para pneumonia.
Apenas uma terapêutica diferenciada, que leve em consideração sintomas de etiologias muito diversas, será capaz de abordar a dor pós-operatória de maneira eficaz. É preciso estabelecer diagnósticos exatos, o que exige conhecimento e muita dedicação por parte do profissional.
Segundo Keats, as queixas pós-operatórias que mais motivam a primeira medicação analgésica são: dor ao movimento (99%), inquietação ou medo

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