Atrofia progressiva da retina
A atrofia progressiva da retina é uma doença hereditária que causa degeneração das células visuais da retina responsáveis pela absorção e reflexão de luz. Os olhos são praticamente “programados” para ficarem cegos.
A APR é uma doença herdada pelo gene dominante o que torna impossível existir indivíduos que não adquiram a mesma. Normalmente, a doença afeta cães de determinadas raças, mas gatos também podem adquiri-la, porém, com menor frequência.
Sinais clínicos normalmente são difíceis de serem manifestados. O animal não sente dor, não apresenta secreções ou qualquer outro sinal que seja facilmente perceptível e que indique a atrofia. O que pode facilitar o diagnostico é a dificuldade de se enxergar objetos durante a noite e tende a aumentar com o tempo.
O exame mais apropriado para validar a presença da doença é a eletrorretinografia, que avalia a atividade da retina quando exposta a estímulos luminosos. Este exame não é doloroso e é feito com o cão acordado, utiliza eletrodos que captam a atividade elétrica existente na área funcional da retina como resposta a estímulos com “flashes” e já é disponível em diversas clinicas. Devemos levar em consideração o fato de que a doença pode ser mascarada por uma catarata e pode impossibilitar o exame de fundo de olho, fazendo com que a retina não responda aos estímulos. A catarata em si pode ser tratada com uma cirurgia, mas quando aparece junto com a APR o tratamento torna-se invalido.
A APR é irreversível, infelizmente, e tende a progredir até causar a cegueira total no animal, o que pode variar é a velocidade desenvolvimento da doença, podendo, assim, levar meses ou anos para que isso ocorra.
Caso haja suspeita da doença, o ideal é ter o animal sendo acompanhado por um oftalmologista veterinário para ajudar a determinar a presença da mesma. Cães que possuem a APR não devem procriar, se isso ocorrer o criador deve ser avisado imediatamente para que o mesmo possa alterar o seu