ATPS PSICOLOGIA SOCIAL II

Psicologia Serviço Social II – Anhanguera

INTRODUÇÃO

O filme Tropa de elite foi o maior sucesso do cinema nacional brasileiro do ano de 2007. Sucesso realmente avassalador teve, segundo estimativas, algo em torno de 13,5 milhões de espectadores, o filme brasileiro mais assistido de todos os tempos. O assunto de Tropa de elite, entretanto, não era propriamente inovador. A relação entre pobreza, tráfico de drogas e repressão policial já havia ocupado as telas dos cinemas não só em documentários, como Noticias de uma guerra particular (João Moreira Salles, Brasil, 1999), mas também com filmes de "ficção" de grande sucesso, como Cidade de Deus (Fernando Meirelles, Brasil, 2002), que teve também longa carreira internacional.
A proposta deste artigo é de estudar dentro da psicologia e serviço social, as possíveis razões que fizeram um filme que tinha tudo para ser apenas mais um sobre pobreza e violência se tornar o centro das atenções e dos debates de uma parcela considerável da população brasileira, variando de uma defesa absoluta e reacionária a uma crítica violenta e extremada. São as mais variadas posições entre esses dois pontos de vista antinômicos que mais nos interessam pobreza e violência. É fácil entender por que um público favorável à repressão policial a qualquer preço gostou do filme e por que um público crítico aos excessos policiais não gostou. Mas é muito mais complicado entender por que mesmo as pessoas que não legitimam o uso da violência policial saíram do filme sensibilizado por ele, ainda que com críticas a essa postura de excesso que o filme retrata.
Ao tratar o filme como um produto comercial o cenário construído naturalista traz um peso na realidade e transparência sobre o real e a ficção no cinema. Para o autor do filme Tropa de elite, essa relação não visa transformar a fantasia em realidade, mas criar uma sensação de “verossimilhança”.
O teórico lembra que um filme fantástico só pode ser considerado bom pelo público se os elementos da