atividades
RECORTE
RECORTE
ISSN 1807-8591
Mestrado em Letras: Linguagem, Cultura e Discurso / UNINCOR
V. 10 - N.º 2 (julho-dezembro/2013)
O DISCURSO CINEMATOGRÁFICO
NA REPRESENTAÇÃO SOCIAL E SIMBÓLICA: FRANKENSTEIN E PROMETEU
Dina Maria Martins Ferreira 1
Tibério Caminha 2
Por acaso imaginaste, num delírio, que eu iria odiar a vida e retirar-me para o ermo por alguns dos meus sonhos se haverem frustrado? Pois não: aqui me tens e homens farei segundo minha própria imagem: homens que logo serão meus iguais que irão padecer e chorar, gozar e sofrer e, mesmo que sejam parias, não se renderão a ti como eu fiz [...]
(Göethe, 1955 )
Os benefícios que fiz aos mortais atraíram-me este rigor.
Apoderei-me do fogo, em sua fonte primitiva; ocultei-o no cabo de uma férula, e ele tornou-se para os homens a fonte de todas as artes e um recurso fecundo...
(Ésquilo, 2005, serial)
RESUMO: Este artigo visa argumentar sobre a relação de sentidos simbólicos como nutridores de representações sociais da contemporaneidade. Utilizamos-nos como base teórica noções de representação social de Serge Moscovici em conjunção com as tradicionais a respeito de símbolos, ou seja, práxis social movimentando-se na e pela simbologia. As figuras de Frankenstein e Prometeu são analisadas a partir de discurso fílmico, como forma de demonstrar como cinema é prática e representação social. E desse tido panorama ficcional chega-se à práxis social do vivido. E nessa rede retórica e argumentativa levantam-se representações sociais simbólicas, tais como a criação da vida
(eterna), a ruptura do tempo (em prol da estética do corpo), a impossibilidade de escapar de terminadas engrenagens modelares que ainda caracterizam o início século XXI.
PALAVRAS-CHAVE: Representação Social; Simbolismo; Frankenstein/Prometeu.
ABSTRACT: This article aim to argue about the relation of symbolic meanings as providers of social representations of contemporaneity. We use as