Atividade Individual
Edil Aparecida Lourenço
RA: 01408560
RESENHA Bruxas: figuras de poder
Wenceslau Braz
2014
Bruxas: figuras de poder
Fêmea inebriante ou velha decrépita, a figura da bruxa exprime alguns conceitos que o pensamento ocidental legou ao que se entende por feminino. Trata-se de uma imagem construída por diferentes discursos, um romântico, propagado ao longo do século XIX, e outro eclesiástico, expresso nos enunciados seculares da cristandade contra arcaicas práticas pagãs. A fim de mostrar a constituição dessa imagem, o presente ensaio se pauta, entre tantas leituras, no manual de inquisidores, datado do século XIV, chamado Malleus Maleficarum, 1 o “Martelo das Feiticeiras”, e no livro La Sorcière (A Feiticeira), do historiador Jules Michelet. ((SPRENGER e KRAMER, 1991)).
A autora Paola Basso Menna Barreto Gomes Zordan traz no texto como a sociedade moderna era em relação às mulheres da época, e a visão da igreja católica sobre elas. “As bruxas eram aquelas que eram cujas praticas eram considerados crimes mais graves que a heresia” é possível perceber o poder e a influência da igreja católica na idade média.
As mulheres não podiam exercer profissões, as parteiras, curandeiras, viúvas solitárias, vizinhas indiscretas, mulheres, eram julgadas e condenadas como bruxas, não podiam nem levantar olhar para um homem. São condenadas até pelos homens as desejarem, por supostamente seduzi-los, por levarem eles a querê-las, e ainda pelo “pecado original” em que Eva teria supostamente seduzido Adão induzindo-o a provar do fruto proibido. Os discursos instaurados por tais textos constroem tanto a imagem que glorifica a bruxa quanto aquela que a execra, mostrando ambas as potenciais transformadoras de suas práticas e de sua ligação com a sexualidade.
Outra acusação eram as chamadas “poções” em que ela misturava diversos itens, entre eles asas de morcego ou recém-nascidos, em busca de poderes, como voar ou poder