Atividade de Aprofundamento Morfologia
Segundo Mattoso Câmara Jr, infelizmente, é muito comum lermos nas gramáticas utilizadas informações como mulher é feminino de homem. É como se usassem de uma simplificação que distorce a real descrição que é: mulher é sempre um substantivo feminino, enquanto homem será sempre um substantivo masculino.
A flexão de gênero por heteronímia (que ocorre quando masculino e feminino por terem radicais diferentes são representados por vocábulos completamente diferentes) não encontra lugar. Exemplos: homem – mulher, cavalo – égua, bode – cabra, abelha – zangão, carneiro – ovelha.
Quando falamos em flexão de gênero, temos que: masculino: são os substantivos a que antepomos os artigos o, os; e feminino: são os substantivos a que antepomos os artigos a, as. Não podemos relacionar gênero a sexo, pois gênero abrange todos os substantivos portugueses, quer se refiram a animais ou coisas. Um substantivo como testemunha, será sempre feminino – a testemunha, quer se refira a um homem ou uma mulher; o cônjuge será sempre masculino (valendo para esposo ou esposa). Estes são os chamados
Substantivos Sobrecomuns: designam pessoas e tem um só gênero, quer se refiram a homem ou mulher: a criança, a testemunha, o neném, o cônjuge.
Quando nos referimos a animais temos os Substantivos Epicenos designam certos animais que tem um só gênero, quer se refiram ao macho ou a fêmea, tais como: o jacaré
(macho ou fêmea), a cobra (macho ou fêmea), a onça (macho ou fêmea).
Quando descrevemos imperador como masculino de imperatriz, estamos confundindo flexão de gênero com derivação. Devemos entender que ocorre quando um sufixo derivacional se restringe a um determinado gênero, e outro sufixo, ou sua ausência ao mesmo substantivo em outro gênero. Imperador se caracteriza pelo sufixo derivacional – dor, enquanto imperatriz, pelo sufixo derivacional – triz.
galinha (diminutivo de galo) que passou a designar as fêmeas da espécie.
Perdigão