atelie de projeto
Lina Bo Bardi após 4 anos que tinha chegado no Brasil vindo da Itália com seu marido Pitro Maria Bardi, construiu uma casa para ela e seu marido
Pilares finos sustentam o equilíbrio. Uma escada de ferro é deixada como uma descida da parte superior para o térreo. O vidro revela o interior da casa para o exterior. Em um piso brilhante de mosaicos de vidro;
O vão-livre no interior da casa cria agora um dos poucos lugares onde o chão se ilumina. A vegetação filtra toda luz e evita a vista dos prédios e edifícios da cidade, que cresceram na vizinhança.
A Casa de Vidro, escondida na mata, virou um marco na cultura de são Paulo, de uma cultura que parece ter sumido de São Paulo.
A sala ampla da Casa de Vidro anuncia os espaços vazios e imponentes que Lina iria projetar em prédios como o MASP e também estabelece a essência dos restauros. Ela deixou os ambientes históricos o mais limpo e vazio possível (SESC, Solar de Unhão). Somente elementos como escadas e lareiras estão expostos como objetos no meio do espaço. As colunas muito finas da Casa de Vidro se dissolveram literalmente no projeto para o MASP: uma construção maciça de concreto permite que as colunas do interior literalmente se dissipem. Também a prancha de vidro, projeto para a Casa de Vidro, parecem uma antecessora dos painéis únicos de vidro para os quadros do MASP.
CASA CHAME-CHAME
Localizada entre a Rua Plínio Moscoso e a Rua Ary Barroso em Salvador, capital baiana, a residência se opunha às casas modernistas e transparentes, surgindo como um volume opaco, quase escondido em meio à vegetação que invadia os seus espaços. Os muros, revestidos pelas plantas, pareciam um mosaico formado por seixos, cacos de azulejos, fundos de garrafa, conchinhas, restos de brinquedos e de bonecas quebradas.
A casa Chame-Chame foi sofrendo alterações de projeto até chegar à versão final que foi de fato executada, passando por uma verdadeira metamorfose. Partindo de um