Ata
Com intuito de elucidar os aspectos fundantes da Modernidade, a docente Renata Flecha contextualizou alguns pontos que sustentam essa evolução, tratando o aspecto religioso, econômico, científico, subjetivo e cultural do homem. Vimos que no aspecto religioso, a Reforma Protestante critica a autoridade institucional da Igreja Católica, valorizando da interpretação da mensagem divina nas Escrituras pelo indivíduo com ênfase na fé como experiência individual.
Devido às grandes transformações no mundo europeu dos séculos XV-XVI com a descoberta do Novo Mundo (Américas); com surgimento de importantes núcleos urbanos em algumas regiões, principalmente na Itália (Florença) e com o desenvolvimento de atividade econômica, sobretudo mercantil e industrial, instaura o capitalismo e a nova concepção de homem. O trabalho fragmentado torna o indivíduo uma peça na engrenagem de produção.
Observamos que no século XVII testemunhou uma evolução abrangente e diversificada na ciência. Até então, os filósofos buscavam as respostas no passado, nos trabalhos de Aristóteles e de outros pensadores da Antiguidade, e na Bíblia. As forças que regiam a investigação consistiam no dogma (doutrina imposta pela igreja) e na autoridade. Neste século, toma força uma nova onda, o empirismo: a busca do conhecimento por meio da observação da experimentação. Entre os vários estudiosos da época, destaca-se René Descartes. Seu trabalho ajudou a libertar a investigação científica do controle rígido das crenças intelectuais e teológicas dos séculos passados.
A doutrina de ideias de Descartes também exerceu profunda influência no desenvolvimento da psicologia moderna. Ele afirmava ser a mente produtora de dois tipos de ideias: derivadas que são produzidas pela aplicação direta de um estímulo externo e as inatas que surgem da mente ou da consciência, independentemente das experiências sensoriais.
Já com John Locke (1632-1704) ele tinha o interesse principal ao