Assirios
A Assíria se localizava na Mesopotâmia, onde hoje é o Iraque. Ela ficava entre os rios Tigre e Pequeno Zab, que acabavam formando suas fronteiras. Essas fronteiras eram bem flexíveis, tanto que a Assíria se estendia para o lado do Pequeno Zab quando a Babilônia ficava enfraquecida, mas depois recuava, quando sua política entrava em declínio e a Babilônia em ascensão.
Os assírios eram um povo constituído basicamente de guerreiros rudes e camponeses, assim como a maioria dos povos mesopotâmicos daquela época. Esses camponeses eram praticamente escravos, pois ficavam presos à terra que cultivavam, podiam ser vendidos junto com a propriedade e deveriam obedecer às vilas mais próximas. As cidades, dentre as quais destacavam-se Assur, Nínive e Nimrod, ficavam subordinadas à autoridade do rei.
O rei da Assíria detinha poder absoluto sobre todas as dimensões do governo (econômico, político, religioso e militar), embora fosse tido como homem acreditava-se que ele era um enviado dos deuses. O dever do rei era satisfazer o desejo dos deuses e para isso eram necessários vários rituais. Por vezes, haviam sinais que eram interpretados como se os deuses estivessem terrivelmente descontentes. O pior sinal que podia ocorrer era um eclipse, pois quando ocorria era considerado um presságio da morte do monarca. Quando isso ocorria o rei abdicava do trono por certo tempo e um suplente ficava em seu lugar, assumindo a responsabilidade por aquilo que irritou os deuses. Após cem dias, o rei retornava ao poder e o seu substituto era executado, sob a justificativa de dar aos deuses a morte do rei predita pelo eclipse.