Assegurar a sustentabilidade ambiental em angola
A realidade do país
Os estudos realizados pelo Ministério do Urbanismo e Ambiente e pelo PNUD em 2005, através do projecto sobre a Biodiversidade, permitiram validar a exploração exagerada das espécies vegetais, a poluição do solo, água e atmosfera, as mudanças climáticas acentuadas, a agricultura e indústria florestal e os hábitos sociais como as principais causas de degradação ambiental e perda de diversidade biológica.
A actividade industrial e mineira e a exploração de petróleo offshore causam danos significativos ao habitat costeiro.
A exploração diamantífera, por seu turno, tem constituído uma das principais causas do desaterro generalizado.
A degradação ambiental nas áreas rurais está frequentemente associada à pobreza.
Os preços elevados dos combustíveis, a interrupção das vias de comunicação e a consequente incapacidade de distribuir meios de produção agrícolas para melhorar o aproveitamento das terras aráveis, determinam o recurso à biomassa e o uso desregrado da terra.
O afluxo massivo da população aos centros urbanos contribuiu para a degradação ambiental localizada.
A remoção do lixo sólido na cidade capital e noutras cidades, bem como o seu tratamento, é uma questão que ainda não conseguiu uma resposta satisfatória e definitiva.
Apesar de algumas melhorias, os actuais níveis de cobertura e qualidade dos serviços de abastecimento de água e saneamento básico são muito baixos quando comparados com outros países e com as médias africanas. A reduzida percentagem da população com acesso a água potável e a insuficiência e precariedade na manutenção das redes de esgotos e sistemas de saneamento básico são fontes de propagação de doenças.
No período de 2001 a 2003 a percentagem da população com acesso a água potável aumentou de 62% para 68,5% e de 59% para 78% a percentagem da mesma com acessos a condições melhoradas de saneamento.
Em 2001, o Multiple Indicator Cluster Survey