assedio
Metalúrgicos da Bosch denunciam assédio moral por parte da empresa
Funcionários relatam casos de ligações “em tom ameaçador” e reuniões dentro da fábrica com coação aos trabalhadores para que aceitem as propostas da empresa
28/11/2012 | 19:30 | Katna Baran, especial para a Gazeta do Povo, e Antonio Senkovski atualizado em
Os metalúrgicos da empresa Bosch, de Curitiba, paralisaram suas atividades por quatro horas – duas horas no turno da manhã e duas à tarde – nesta quarta-feira (28). Segundo a assessoria do Sindicato dos Metalúrgicos de Curitiba (SMC), o protesto desta quarta foi uma atitude de repúdio às supostas práticas de intimidação por parte da multinacional na tentativa de desmobilizar os trabalhadores, que realizam paralisações por reajustes salariais há 13 dias.
Durante a paralisação, os trabalhadores realizaram uma assembleia da categoria em frente à empresa, localizada na Cidade Industrial de Curitiba (CIC), na região Sul da capital. Durante a reunião, segundo o SMC, os metalúrgicos relataram casos de ligações “em tom ameaçador” e reuniões dentro da fábrica com coação aos trabalhadores para que aceitem as propostas da empresa.
Além de organizar o protesto, o sindicato enviou um ofício relatando as denúncias de assédio moral ao coordenador geral do Comitê Mundial de Trabalhadores da Bosch, na Alemanha – sede da multinacional –, Albert Löckle, que tem assento no Conselho Administrativo da empresa. O mesmo documento foi enviado a IGMetall, entidade sindical que representa os metalúrgicos na Alemanha, ao governador Beto Richa (PSDB) e ao secretário estadual do Trabalho, Luiz Cláudio Romanelli.
Segundo a assessoria da Bosch, a paralisação dos trabalhadores foi de apenas uma hora no turno da tarde. Sobre a denúncia de assédio moral, a assessoria enviou, ainda, uma nota oficial na qual esclarece que a multinacional “não incentiva ou compactua com qualquer tipo de prática de assédio