O assédio moral, é todo comportamento abusivo, gesto, palavra e atitude que ameaça por sua repetição a integridade física ou psíquica de uma pessoa degradando o ambiente de trabalho. São microagressões, pouco graves se tomadas isoladamente, mas que por serem sistemáticas,tornam-se muito destrutivas. Trata-se de um fenômeno íntimo e que causa vergonha a suas vítimas. Os profissionais a quem se poderia recorrer, médicos, psicólogos e advogados duvidam dessas pessoas, que preferem ficar caladas. O medo do desemprego também contribui para o silêncio. O problema do assédio moral, não é de agora. Há séculos que os trabalhadores são agredidos psicologicamente no local de trabalho, a diferença é que antigamente uns mandavam, outros obedeciam. Antes pensava-se que isso era natural, hoje as pessoas têm consciência de seus direitos e a consciência tem sido o primeiro passo para a mudança. Como já dissemos, a prática isolada das agressões não são prejudiciais, entretanto a pessoa perde sua auto-estima a cada dia, quando essas agressões passam a ser constantes, levando o indivíduo a acreditar que as agressões são verdadeiras e que ele é realmente incapaz, o que torna o fenômeno ainda mais destruidor, pois uma pessoa sem sua estima não tem condições de raciocinar se realmente é ou não incapaz. Quando a agressão é fruto de uma discussão ou irritação, não caracteriza o início do assédio, principalmente se o agressor se retratar com um pedido de desculpas, por exemplo. Mas se este tipo de agressão se tornar repetitivo, e não ocorrer nenhum tipo de esforço de abrandá-las, é um início forte da prática do assédio moral, fenômeno que assusta pela sua capacidade de destruição psíquica e física do assediado. Toda a prática é resultado de atos antiéticos do agressor e, caso esse agressor tenha uma posição de líder, esses atos tendem a contaminar todo o sistema organizacional, fazendo com que a empresa inicie a sua perda moral, cultural e principalmente ética.