Ass Dio Moral Nas Organiza Es
“Uma palavra contundente é algo que pode matar ou humilhar, sem que se sujem as mãos. Uma das grandes alegrias da vida é humilhar seus semelhantes.” Pierre Desproges.
As reflexões e estudos sobre a violência no local de trabalho, nos últimos anos, têm-se intensificado bastante, com isso os meios de comunicação através da imprensa, têm pautado o assunto e também a diversidade de títulos bibliográficos e até mesmo produções cinematográficas. Mesmo assim, ainda existem muitas questões a serem esclarecidas e divulgadas para a grande massa de trabalhadores, que sofrem esta violência cotidianamente sem ao menos terem consciência do que está acontecendo, bem como, para as organizações e instituições públicas que acumulam grandes perdas devido ao custo elevado em saúde mental e física e as conseqüências da desestruturação no ambiente de trabalho. Primeiramente é necessário salientar que os maus tratos sempre existiram, mas foram intensificados nos modelos que buscam a intensificação da produtividade originada de um modo escravocrata baseado no excesso de poder e em hierarquias fortemente autoritárias.
Assim, podemos afirmar que a “Era da Globalização“, em que verificamos os avanços tecnológicos e científicos como internet, genoma e célula-tronco, com meios de comunicação diminuindo cada vez mais as “distâncias globais”, não criou o assédio moral, mas ao mesmo tempo, vivemos em uma sociedade na qual as pessoas se quer conseguem conversar com seus vizinhos e que também não sabem quem são os colegas que trabalham ao seu lado durante todo o dia. Este individualismo e a conduta do “cada um por si” de nossos tempos apenas tem criado condições favoráveis para as condutas perversas do assédio moral.
O assédio moral em um local de trabalho pode ser definido, segundo
Hirigoyen (2003)1, como toda e qualquer conduta abusiva manifestando-se, sobretudo por comportamentos, palavras, atos, gestos, escritos que possam trazer dano à personalidade, à