Aspectos nutricionais para triatletas
• Energia: Com o treinamento. Algumas alterações adaptativas no sistema muscular ocorrem, com o objetivo de melhorar a eficiência da utilização dos substratos energéticos. Observa-se aumento da mioglobina e das enzimas necessárias à transferência de energia aeróbica, facilitando dessa forma o incremento do metabolismo de carboidratos e lipídios. A contribuição relativa dos lipídios como substrato aumenta quando comparada com a do carboidrato, o que é vantajoso para o atleta, uma vez que há retardo da depleção do glicogênio, permitindo que a atividade física se prolongue. A ingestão energética dependerá da intensidade, da duração e do tipo de treinamento.
De acordo com Hausswirth et al., o triatlo, sendo um esporte de endurance, deve considerar como importante fator na determinação do desempenho a capacidade de produção de grande quantidade de energia por um longo período. Portanto, um suprimento energético suficiente é fundamental para que o atleta alcance o máximo desempenho.
Segundo a literatura, estima-se que atletas de ultraendurance devam consumir entre 43 e 96 kcal/kg/dia ou 150 a 400% a mais do que indivíduos sedentários. Porém uma ingestão energética menor que 36 e 40 Kcal/kg/dia por triatletas dos sexos femininos e masculinos, respectivamente, submetidos a treinamento de 11 horas semanais, tem sido referenciada.
O elevado número de horas gastas com o treinamento físico, associado às horas de sono e demais atividades diárias normalmente realizadas, dificulta a ingestão de grandes quantidades de calorias. Para assegurar um consumo energético adequado, o atleta deve fazer várias pequenas refeições por dia. Além disso, de nada adiantará o alcance da demanda energética se não atender à necessidade dos carboidratos.
É importante o profissional nutricionista ter acesso aos dados referentes ao treinamento, a fim de conhecer a intensidade proposta para cada atividade e respectivo desempenho.
• Carboidratos: A