Aspectos da Ética Aristotélica e o conceito de Eudaimonia
O objetivo do nosso artigo é analisar um conceito básico quando se estuda a Ética em Aristóteles, considerando a importância que ela tem para a Filosofia. Partindo do fato que a felicidade parece ser o móvel mais importante da ação dos homens, Aristóteles delineia que tipo de ação é boa para alcança-la e em que medida essa felicidade pode ser visada pela Polis inteira. Diversas interpretações, como a do autor Jonathan Barnes, ao conjecturar sobre a relação entre ética e felicidade, não distinguem o plano empírico da ação e misturam os prazeres particulares e individuais e a satisfação moral, ou seja, social, da ação, que é o que interessa a Aristóteles. Como o filósofo separa o fim individual, i. é., do homem, e o fim geral, i. é., da Humanidade, só discernindo o que cabe à “virtude dianoética” (entendimento) e a “virtude ética” (razão), podemos perceber a unidade da ação, realmente, moral, e não confundi-la com a ordem do pragmático.
Palavras-chave: Ética, Felicidade, Razão, Virtude.
Ética e Felicidade em Aristóteles
I
O tema felicidade parece ser um tanto complexo, mas sua ideia como tem filosófico não é nem um pouco recente, e acompanha a história do ser humano desde a Grécia Antiga, onde já Platão e Aristóteles, trataram do tema que possui grande importância para a origem da filosofia moral. O que é felicidade, ou o que é ser feliz? Algumas coisas próximas a nós, como o mercado publicitário nos dias atuais, nos sugere que a Felicidade é algo que todos buscamos como se fosse um ideal. Mas saber o que a felicidade é pergunta tão comum no dia-a-dia, e leva a respostas diferentes em cada indivíduo. Mas por quê? Sabe-se que o fim que move todos os homens, o vulgar ou o sábio, a praticarem ações de diferentes efeitos, tem em vista a felicidade, pois ninguém age em vista de algo que traga desprazer ou infelicidade. Todos os homens buscam ser felizes, porém cada um a concebe de maneira distinta, relacionando-a com