aspecitos

O código musical é, de fato, bastante complexo. Vez ou outra, não é difícil encontrar alguém que diga: “ Nossa. Não entendo como você consegue compreender tantas bolinhas juntas. Eu não consigo ler isso”. Muitos músicos, entretanto, embora compreendam perfeitamente a lógica da notação musical, desconhecem as origens desse processo.

As origens do nosso sistema musical têm , na verdade, raízes muito simples. No início, a música do mundo ocidental era transmitida oralmente. Foi só no século IX que os primeiros sinais musicais chegaram até nós. Chamavam-se Neumas e tinham sua origem nos sinais de acentuação gráfica. Eles funcionavam como um lembrete que viria para “ sugerir” a música tocada.

No século X, os neumas passaram a ser posicionados em alturas diferentes, de modo a propor uma correspondência entre os sons graves e agudos. Aí é que passamos a ter a chamada “curva melódica”.

Como ainda era impreciso, o sistema recebia o auxílio de outras indicações como letras que serviam para identificar determinada nota. Por exemplo:

A- Lá , B- Si, C- dó, D- Ré...e daí por diante... Dependendo da escala desejada, o B poderia ser a correspondência para um Si, bequadro ou bemol....

Aos poucos houve uma evolução na nossa escrita. Os sinais começaram a ser distribuídos em linhas melódicas, para melhor serem compreendidos. No começo, traçava-se uma linha e ali desenhavam a nota fá, na cor vermelha e, a partir dela, várias outras linhas, onde, cada linha e entrelinha correspondiam a um único som.

No final do século XI, a sociedade adota a pauta de quatro linhas.

Quando veio o século XIV, surge a pauta de cinco linhas. Entretanto, mesmo assim, para a notação do cantochão, opta-se por continuar usando a pauta de quatro linhas.